Após o debate da quinta-feira, resolvi dedicar um espaço sobre isto no meu blog. Já que não ando escrevendo nada mais nos quadros da literatura. Não tardar, gostaria também de receitar aos leitores, em média uns sete por postagem, Mário de Andrade jugou ter 50 (51 com ele) em Amar, Verbo Intransitivo, Machado de Assis bem menos em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Lembrando a narração confusa e ambígua do Modernismo expressionista nacional venho dizer que um ótimo livro eu li! De capa marrom e mulher sorridente, com unhas vermelhas e bela feição tem a baixo de sua moldura um título, moldura pequena eu diria, Amar, Verbo Intransitivo. Autor Mário de Andrade... Expressionista... Modernista... Diria que o livro é centrado em uma heroína chamada Elza ou Fräulein dependendo do ponto de vista, personagem ou narrador? Disputas... Homem-do-sonho X Homem-da-vida... Um livro tão confuso quanto O Teorema de Pasolini... Mas dono de uma das mais belas narrações idílias que já li! Não se foca somente no idílio romântico, mas corre para as periferias da crítica presente! O citoplasma, composto de tudo! Tudo! Que deixa o leitor delirando sobre cada frase e cena retratada expressionalmente, cada sentimento, cada NIETZSCHE que o autor escreve sobre os parágrafos, cada... TUDO!... Um livro confuso, sem divisão de capítulos, sem muitas vírgulas, moderno... Freudiano, psicológico... Filosófico... Paulista... Sentimental... Mostrando que o amor e para se amar... Gostamos de amor, então amamos... Intransitivamente! Já vim lendo de tudo antes do Modernismo nacionalista e antropofágico da década de 20 do séc.XX... Mas nunca vi algo tão bem formulado e bem redigido, MARAVILHOSO! Envolvente como este de Mário de Andrade...
Enfim... Enquanto a política... Não pensei em nenhum ponto marcante nem nada. Porém aquela série: Quem quer ser prefeito? Do CQC retrata muito bem os melhores candidatos, em partes. E não acho nada melhor para divulgar a democracia do que auxiliar aqueles perdidos até hoje sobre as eleições municipais do que adicionar o vídeo do - Quem quer ser prefeito?.
Para quem quiser ver o debate da Band:
http://br.youtube.com/results?search_query=debate+2008+S%C3%A3o+Paulo&search_type=
Retorno ao meu lar, doce lar, cogitando se leio ou não leio o livro Amar, Verbo Intransitivo, e o que encontro no teu blogue?! Exatamente, a resposta à pergunta que me incomodava tanto ao sair da escola.
ResponderExcluirBem, é melhor chegar em casa com certas dúvidas, assim, quem sabe, pode-se sempre terminar com poucas, porém valiosas, certezas.
Abraço
Dispenso todo esse blá de politicos simpaticos (:
ResponderExcluire salve ao CQC *-*
e aproposito adorei o texto ;P
Créditos a mim por ser a dona do livro.(que ainda não o livro, porém sei do que se trata).
ResponderExcluirImagino que o aspecto são os constantes empregos das digressões, boas partes delam metalingüísticas, outra parte sociológicas, que fazem lembrar o estilo machadiano. Mais uma vez, a obra apresenta elementos formais que a colocam à frente de seu tempo, caracterizando-a, portanto, como moderna.
E há que se entender uma posição meio ambígua de Mário de Andrade, como se ele mostrasse uma “paixão crítica” por seu povo, principalmente o paulistano. Note-se que critica valores brasileiros, ao mesmo tempo diz que é a nossa forma de comportamento, deixando subentendido um certo ar de “não tem jeito”, “somos assim mesmo”. Além disso, ao mesmo tempo em que elogia o estrangeiro, principalmente a força dos alemães, desmerece-os ao mostrá-los como são extremamente metódicos ineptos para o calor latino. Sem mencionar que reconhece que o imigrante está sendo como que simpaticamente absorvido por nossa cultura. Parece uma xenofobia mal resolvida.
E além de eu saber do que se trata o livro vc também me contou algumas coisas.
Bonito post!