sábado, 10 de outubro de 2009

Pessimismo, Inércia, Melancolia...

Sensações estranhas
A vida na cidade
A vida no campo
Coisas, nada me comove...

Os grandes pratos de comida
O sabor, a dor de barriga
Meu pavor, os carros
Os amigos... Os sonhos
O futuro

A "Cidade e as Serras" não me convém mais...

Procurar a alegria...
Viver e sorrir?
Ser triste sem razão
Passar as tardes deitado...
Estudando ou conversando...?
Qual a diferença?

Provas e o acúmulo de saber
Os barulhos das janelas
Os carros, os ônibus e o vento
Gritam, eu já não tenho anoitecer

O pôr-do-sol, seu nascer e a morte duma abelha
A vida na terra e a vida em outros lugares
O amor, a alegria, a tristeza, a vida e o pôr-do-sol

A razão de viver, a razão de estudar, a razão de amar
E um conjunto nulo...
A matemática, a física, e todas ciências...

No final dois e dois são quatro.
E o ser humano vai se extinguir.

5 comentários:

  1. Encontrou um ponto entre o vazio e o negativo, talvez em ambos, talvez em nenhum deles. Um negativismo blasé, talvez. hahaha gostei do teu blog, rapaz. 8D

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  2. Muito boa essa poesia! Parabéns!
    Tem uma sensibilidade de som e métrica sem extravasar, no ponto.
    O conteúdo também tá excelente, se não o fosse, também não comentaria esse post, sauhsausa... O conteúdo, sem dúvida, é sempre a principal peça, pra mim. Abçs. Pasco!

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  3. Foi essa a minha intensão =)

    Obrigado! Fico feliz pelos vossos comentários!

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  4. O ser humano vai se extinguir?

    Uau. Bem, espero que o conhecimento tenha acrescentado algo à alma individual desse ser humano, este indivíduo; que ele tenha lutado contra a massificação, que ele tenha conseguido obter respostas às suas questões internas, externas, todas elas cruciais.

    Que a esperança de um novo amanhecer (mais um dia pra se conhecer) revigore-o, enquanto houver vida. "Enquanto há vida, há esperança" - frase esta já excogitada n'O Senhor dos Anéis. Que a vetustez dos sentidos e dos anos passados não afete nossa mocidade do aprender! Nem a curto, nem a longo prazo.

    Teu poema me aprouve!

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  5. "Nada vem do nada" isso significa que o mundo, ou a natureza, é eterno, que no mundo, ou na natureza, tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer, embora a form aparticular que uma coisa possua desapreça com ela, mas não sua matéria.
    Essa vai ser, com certeza, a maior inquietação humana!
    Para isso pensamos que são somente processos da natureza (o que realmente nos conforta de pensar no fim da humanidade), nascer, viver e depois morrer! meros processos, coisas que a "physis" nos ajudam a entender.
    Muito interessante seu poema, gostei porque passei grande parte da minha vida pensando nisso!

    "L'Existentialisme est un humanisme"

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