-Texto enviado ao meu ex-professor Paulo Henrique
Na escola muitas vezes fazemos muitos trabalhos. Muitos deles produtivos, outros não. Em sua maioria não chegam lá a ser algo muito utilitário em nossas vidas. No final de dois mil e seis eu já estudava no CEFET-SP. Meu primeiro ano do ensino médio, primeiro ano na federal e apesar de estar de conselho, eu tive a oportunidade de escolher um entre cinco projetos para ser estudado no ano seguinte. E foram nas aulas de biologia do professor Paulo Henrique que eu decidi qual projeto faria. Sempre me interessavam as aulas de biologia, pois o professor sabia muito bem fazer associações e analogias que levavam a matéria para um âmbito menos abstrato da matéria, foi quando eu soube que um dos projetos seria o SSS – Saúde, Sabor e Saber; cujo mesmo seria ministrado pelo professor de biologia. Enfim, após pensar muito eu decidi que faria SSS, o projeto que abordaria entre tantos outros assuntos, a alimentação como maior foco.
Nesse ano de dois mil e seis eu fui sortudo, ao contrário de dois mil e sete. Os professores foram mais justos e perspicazes ao ponto de me aprovarem de ano mesmo tendo algumas pequenas dificuldades disciplinares, coisa da idade também, que me colocavam mais atrás em matérias como matemática e física, as que demandavam muito mais que disciplina. Passei de ano, e algo que sempre me alegrava era saber que, mesmo com sono, chegaria à escola e poderia aprender coisas muito úteis e interessantes nas aulas de SSS durante as terças e quintas. Eram aulas de sociologias sobre como se deu a evolução do homem, sempre com a alimentação em foco. Aprendemos que uma das coisas que mais moveram a evolução, não só do homem, como de todos os seres vivos, foi o fato de eles competirem por uma nutrição. Aprendi que todos os sentidos e todo o corpo são projetados, em um todo, para a sua nutrição e para que o ser portador desse corpo possa correr atrás de sua nutrição. Vimos o que é a nutrição, os alimentos, a importância deles, do que eles são formados, o que essas substâncias passam em nossos corpos para que adquiramos sustento através desses compostos. De onde vem o alimento que consumismo, aprendemos muito sobre a indústria alimentícia, sobre a pecuária e seus problemas, o vegetarianismo (algo que até eu adotei por um tempo), os problemas ambientais relacionados a alimentos, a agricultura, alimentos orgânicos, entre outros... O suficiente para fazer deste ano algo descente para minha vida e de meus colegas ali presentes, acredito eu que esses colegas que passaram de ano não aproveitaram tanto quanto eu este projeto.
Agora sobre aquele trabalho da historia e origem das bebidas mais consumidas em nossa sociedade. Foi um trabalho proposto no terceiro bimestre. O professor nos dividiu em grupos e nos deu, para cada grupo, uma bebida para pesquisar toda a sua história, do que ela é feita, se é benéfica, maléfica, quais efeitos no corpo ela proporciona, de onde vem, como foi descoberta... O meu grupo foi encarregado do café. Mas houve que eu me lembre: Vinho, chá, destilados e cerveja. Pode estar faltando algum. Depois que os grupos já houvessem pesquisado, eles seriam espalhados pela sala, onde cada membro do grupo que estaria apresentando passaria de grupo em grupo explicando sobre sua bebida. A nota seria dada por aqueles que estivessem assistindo a apresentação e o professor também faria sua parte vendo todos por um geral. Seria um modelo muito intimo de explicar tal matéria, como uma conversa entre amigos. Víamos nos olhos do aluno que apresentava, se ela estava ou não preparado. Ou nos empolgávamos com aqueles que tinham a matéria na ponto da língua, era algo bem descontraído. Sobre as outras bebidas eu não me lembro muito, por não estar aquele ano esbanjando da melhor concentração do mundo. Lembro coisas ou outras, que o chá veio da China, que o rum foi feito no caribe e que era extremamente importante para os marinheiros, que a cerveja vem desde a antiguidade. Sobre o vinho eu já sabia tudo antes da apresentação. Mas sobre o café eu me lembro de tudo! Como se fosse ontem que eu pesquisei. E jamais esquecerei tão cedo. Pois, a cada dia que bebo café eu me lembro das aulas de SSS, que mudaram muito minha forma de pensar sobre a vida, algo que infelizmente, não ocorre em tudo na escola. E apesar de tudo que eu aprendi e todo amadurecimento adquirido por ter repetido o segundo ano, este ano seja eternamente um pesar para mim e uma parte triste de minha juventude. Mas, enquanto as aulas de SSS, e o trabalho do meu (por mim algo que nomeio àqueles que são muito mais do que profissionais pagos para ensinar) mestre Paulo Henrique, delas eu não tenho o que reclamar, pelo contrário, sou eternamente grato.
Na escola muitas vezes fazemos muitos trabalhos. Muitos deles produtivos, outros não. Em sua maioria não chegam lá a ser algo muito utilitário em nossas vidas. No final de dois mil e seis eu já estudava no CEFET-SP. Meu primeiro ano do ensino médio, primeiro ano na federal e apesar de estar de conselho, eu tive a oportunidade de escolher um entre cinco projetos para ser estudado no ano seguinte. E foram nas aulas de biologia do professor Paulo Henrique que eu decidi qual projeto faria. Sempre me interessavam as aulas de biologia, pois o professor sabia muito bem fazer associações e analogias que levavam a matéria para um âmbito menos abstrato da matéria, foi quando eu soube que um dos projetos seria o SSS – Saúde, Sabor e Saber; cujo mesmo seria ministrado pelo professor de biologia. Enfim, após pensar muito eu decidi que faria SSS, o projeto que abordaria entre tantos outros assuntos, a alimentação como maior foco.
Nesse ano de dois mil e seis eu fui sortudo, ao contrário de dois mil e sete. Os professores foram mais justos e perspicazes ao ponto de me aprovarem de ano mesmo tendo algumas pequenas dificuldades disciplinares, coisa da idade também, que me colocavam mais atrás em matérias como matemática e física, as que demandavam muito mais que disciplina. Passei de ano, e algo que sempre me alegrava era saber que, mesmo com sono, chegaria à escola e poderia aprender coisas muito úteis e interessantes nas aulas de SSS durante as terças e quintas. Eram aulas de sociologias sobre como se deu a evolução do homem, sempre com a alimentação em foco. Aprendemos que uma das coisas que mais moveram a evolução, não só do homem, como de todos os seres vivos, foi o fato de eles competirem por uma nutrição. Aprendi que todos os sentidos e todo o corpo são projetados, em um todo, para a sua nutrição e para que o ser portador desse corpo possa correr atrás de sua nutrição. Vimos o que é a nutrição, os alimentos, a importância deles, do que eles são formados, o que essas substâncias passam em nossos corpos para que adquiramos sustento através desses compostos. De onde vem o alimento que consumismo, aprendemos muito sobre a indústria alimentícia, sobre a pecuária e seus problemas, o vegetarianismo (algo que até eu adotei por um tempo), os problemas ambientais relacionados a alimentos, a agricultura, alimentos orgânicos, entre outros... O suficiente para fazer deste ano algo descente para minha vida e de meus colegas ali presentes, acredito eu que esses colegas que passaram de ano não aproveitaram tanto quanto eu este projeto.
Agora sobre aquele trabalho da historia e origem das bebidas mais consumidas em nossa sociedade. Foi um trabalho proposto no terceiro bimestre. O professor nos dividiu em grupos e nos deu, para cada grupo, uma bebida para pesquisar toda a sua história, do que ela é feita, se é benéfica, maléfica, quais efeitos no corpo ela proporciona, de onde vem, como foi descoberta... O meu grupo foi encarregado do café. Mas houve que eu me lembre: Vinho, chá, destilados e cerveja. Pode estar faltando algum. Depois que os grupos já houvessem pesquisado, eles seriam espalhados pela sala, onde cada membro do grupo que estaria apresentando passaria de grupo em grupo explicando sobre sua bebida. A nota seria dada por aqueles que estivessem assistindo a apresentação e o professor também faria sua parte vendo todos por um geral. Seria um modelo muito intimo de explicar tal matéria, como uma conversa entre amigos. Víamos nos olhos do aluno que apresentava, se ela estava ou não preparado. Ou nos empolgávamos com aqueles que tinham a matéria na ponto da língua, era algo bem descontraído. Sobre as outras bebidas eu não me lembro muito, por não estar aquele ano esbanjando da melhor concentração do mundo. Lembro coisas ou outras, que o chá veio da China, que o rum foi feito no caribe e que era extremamente importante para os marinheiros, que a cerveja vem desde a antiguidade. Sobre o vinho eu já sabia tudo antes da apresentação. Mas sobre o café eu me lembro de tudo! Como se fosse ontem que eu pesquisei. E jamais esquecerei tão cedo. Pois, a cada dia que bebo café eu me lembro das aulas de SSS, que mudaram muito minha forma de pensar sobre a vida, algo que infelizmente, não ocorre em tudo na escola. E apesar de tudo que eu aprendi e todo amadurecimento adquirido por ter repetido o segundo ano, este ano seja eternamente um pesar para mim e uma parte triste de minha juventude. Mas, enquanto as aulas de SSS, e o trabalho do meu (por mim algo que nomeio àqueles que são muito mais do que profissionais pagos para ensinar) mestre Paulo Henrique, delas eu não tenho o que reclamar, pelo contrário, sou eternamente grato.
"Ai, assim você machuca meu ego, né, benhê!
ResponderExcluirÓ, vê bem: fui Eu que enviei por email a proposta pra você. E fui EU (também, né, biba!), que aproveitei as aulas de SSS tão bem como você. (e eu tb tava no teu grupo, po-xa)
(passada a crise )
Muito bem escrito! Tive a forte impressão de que você guarda uma cicatriz entreaberta dentro de ti, Lucas. Dê uma olhada nisso, é importante, para você mesmo, que tu entendas porque ela não fechou.
As aulas do PH foram mágicas. Não há como não me lembrar do PH enquanto aprendo, a duras custas, um pouco de Química Orgânica. Todas aquelas cadeias carbônicas (as gigantes peptídicas) que ele passava na lousa eram de fazer pular os olhos, a quem nunca tinha visto aquilo antes.
Bem, acho que é só. A crise de ego foi passageira.
Muahaha xP