sexta-feira, 31 de julho de 2009
Colinhas para o estudo
Segue o portal:
http://www.youtube.com/user/educabahia
Estudei Figuras de Linguagem por ele, muito bem feito!
Muito útil!
Obrigado baianos!
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Férias do Tempo em São Paulo
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Lista de Alguns dos Melhores Blogues Brasileiros (Por mim) - Leia: Que eu acesso...
Enfim, sem mais pormenores milonguentos, segue a lista:
Em primeiro lugar!
Digestivo Cultural: http://www.digestivocultural.com/
Blogue escrito em conjunto e aborda tudo relacionado a cultura: Cinema, artes, literatura, novidades, música, mundo POP, Vida na Web... Dois assuntos para cada dia da semana.Vale a pena conferir, esse aí É REALMENTE decente e eu dou uma nota alta, de 0 a 10 eu dou 10 mesmo, ele não tem muitas inutilidades e realmente é de respeito, os caras escrevem bem, são cultos e só postam coisas interessantes. Enfim, esse VOCÊS DEVEM ENTRAR!
Em segundo lugar!
Blogue do Tas: http://marcelotas.blog.uol.com.br/
Sem muito a declarar... Todo mundo conhece o Marcelo Tas desde criança. Foi após ver um programa de debates sobre a mídia na internet, que ele participou que resolvi começar a escrever em um blogue. No blogue dele temos um jornal diário com tudo o que ele pensa e quer abordar, os assuntos são muito variados. Para quem gosta do CQC, ele sempre aborda assuntos envolventes ao seu programa semanal. E claro, quem tem o Twitter, com certeza tem o Tas adicionada.
Em terceiro lugar!
Blogue da Cultura: http://cultura.updateordie.com/
Como o próprio nome já diz, é um blogue que fala sobre cultura. Muito parecido com o Digestivo Cultural, a diferença é que este (também escrito por diversas pessoas) é da Livraria Cultura. De fato, o blogue da melhor livraria do Brasil, da Americana Latina, de todas que já fui, rala até mesmo a El Ateneo de Buenos Aires (de longe). O endereço desse blogue é divulgado dentro da livrário em pequenos folhetinhos. Não parei para lê-lo muito, mas eu recomendo de longe como excelente! NOTA 10, VALE A PENA ENTRAR!!! - Se você gostou do Digestivo Cultural, com certeza gostará deste.
Em quarto lugar!
Blogue São Paulo Metrópole: http://www.spmetropole.com/blog/
Um blogue que divulga as mais recentes notícias, duma forma um tanto quanto romântica e admiradora, da nossa maior metrópole Brasil. Também disponível no Twitter. Não achei assinatura de autores. Mas é um blogue muito atrativo para os moradores de São Paulo.
Em quinto lugar!
Não Salvo: http://www.naosalvo.com.br/vc/
Blogue de humor, onde o autor é o filho de deus. Blogue com conteúdo totalmente variado. Em geral temos muitas babaquices que são espalhadas pela internet diariamente. O legal é a forma como o autor trabalha com essas babaquices. Também disponível no twitter.
Em sexto lugar! (E último)
Quem matou a tangerina?: http://www.interney.net/blogs/qmat/
Deveria estar em quinto, porque é melhor que o "Não Salvo", este ainda copia algumas postagens deste (mas com educação põe que tirou de lá, ainda bem). O conteúdo também é variado e é escrito por um cara chamado Fred Fagundes. Em geral, babaquices da internet e inutilidades, mas muitas de interesse geral. Uma leitura de descanso. Vale a pena conferir.
(Postei um pouco alcoolizado, qualquer coisa comenta aí)
sábado, 25 de julho de 2009
Jornal Metro - Edição Virtual
Simples, o jornal Metro sintetiza os principais fatos do dia; no nosso caso, de São Paulo. Em uma edição diária bem popular, de leitura fácil e muito compreensível. Tudo isso em um exemplar bem magro, para aqueles que não possuem tempo de verificar com meticulosa assiduidade os melhores jornais diários. E tudo isso com a vantagem dele poder ser lido no metrô ou no ônibus à caminho do trabalho, faculdade ou colégios. No caso do virtual, em vinte minutos antes de sair de casa, ou até mesmo, na volta para casa após um cansativo dia.
E o por que estar fazendo propaganda para esse jornalzinho (no bom sentido)? Após um passeio pelo conjunto nacional ontem, eu a edição dele da sexta-feira com a melhor programação para o final de semana aqui pela cidade. As melhores casas noturnas, os melhores shows, bares, eventos; enfim, os melhores programas paulistanos. Era a edição Metro Diversão. Recomendo para aqueles que vivem na correria. Sem mais pormenores, seguem o endereço e o link:
Portal do Metro : http://publimetro.band.com.br/
Nesse portal existem as possibilidades de lê-lo virtualmente ou baixá-lo via PDF.
P.S: Recomendo a edição de sexta-feira, gostei bastante.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Cortiço 1978
Eu postei o filme do Cortiço de 1978 no mininova. Reprodução cinematográfico do livro homônimo de Aluísio Azevedo - Um dos meus favoritos por sinal -. Para quem não conhece o livro, é porque matou aulas na escola, deveria saber, então paciência; mas caso queira, pesquise!
Enfim, segue o link do IMDb e o do Mininova com o torrent do filme, ficarei semeando o dia todo:
http://www.imdb.com/title/tt0194774/
http://www.mininova.org/tor/2787792
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Agora
De ideias ao nada
Por todos os cantos
De tudo perdido
Fragmentos espalhados
Inúteis e iluminados
Fragmentos...
Bocas repetem:
Ausência de nexo
Num mundo global
Original desinteressante
Deformidades sujas.
Numerosas cifras no infinito.
...
Pós-futurismo.
Coisas ditas e jamais lembradas
De emissores e receptores
(Presentes e/ou imaginários).
Pensamentos mentirosos:
(Nos iludimos)
-Somos belos.
-Românticos.
-Otimistas.
-Importantes.
Outros:
(Entre mim - Quando somos)
-Descrentes.
-Morremos para viver.
Falamos do quê?
Não sabemos falar.
Se expressar.
As línguas mudam,
Evoluem...
Pra melhor?
(Morrem... Vivem...)
Darwinismo linguístico
Na seleção natural
Da expressão.
Nos limitamos
Voltamos às cavernas.
That's Newspeak, Mr. Orwell!
Occasion won.
-Sobrevivem os ignorantes
O mundo tornou-se dos ignorantes
Fizeram sobreviver os ignorantes
Castraram os brilhantes
Natural, nada de errado
Sejamos ignorantes
Pois, sobreviveremos.
Cortam nossas palavras
Arrancam nossos pensamentos
Castram nossas mentes
Dessecam-nos.
(Relembrem - é tudo mentira)
Ideias fragmentadas
Disformes...
Vomitadas.
-Teus argumentos são ruins.
Disseram-me.
Respondo:
-Pior do que o vírus do teu câncer.
(Maldito, não sabe do que se trata)
Nossos argumentos são ruins
Não há argumentos
Num mundo de pessoas acéfalas.
Quem tem argumento?
Antônio Vieira?
Quem o entende?
O mundo morre
E somos seus últimos suspiros.
Grito em vão
Sou menos que o nada
(Fabiano você é um bicho)
Pois, não sei me expressar
Pior que o bicho
É o vírus do cancro!
Mais minúsculo qu'isto.
Meus desejos:
Inutilidades
Vontades:
Alguns restos
Decomposição vitalicia.
Grito em vão
O ambiente sou eu
Eu importo
Subjetividade mor.
Quem liga para fora?
O mundo morre.
Jamais me ouvirão.
A pequenez das ideias
Disformes.
Mal expressadas
Das línguas necrosadas
Que sangram na fala
Do mundo que expira
Exala morte
Quente
Seca
Da sujeira
Poluição
Consumido, usado.
Mais comido que as putas
mais baratas...
Que as matas
mais extintas...
A cinza dos consumidores.
Consumimos
Crescemos
Material orgânico
Em potencial
-Suicídio.
O câncer!
O vírus do câncer!
Mesmo ele, morre em nós.
Quando não os matamos...
Quem morre por câncer,
Ou mata-o
Ou o câncer o mata
Matando-se...
Fagocitamos tudo!
-Não sou um homem, sou um bicho!
Pobre de quem se acha um bicho.
Ele não sabe.
O bicho é bom...
Quem se acha um bicho
Não sabe usar adjetivos
Para se referir a si mesmo
Como aberração
Chama-te homem mesmo!
E erga a cabeça, feliz!
Grito em vão...
O fragmento
Do que resta em pó
Do fragmento
Modernista
O cubismo
Do homem descaracterizado
Globalizado
Sem identidade
Pior dos predadores
Centrado
-Diz-se grande, ora, por quê?
Se ilude...
É pequeno
(Autoajuda-se)
Mata-se, talvez assim, viva.
Nem o impulso mais vale.
Da arte disforme.
Perdida.
Fragmentada
No tempo e espaço.
Como tudo
Não pode mais se inventada.
Não mais.
Somos incapazes.
De entender
Expressar
Falar
Escrever
Estamos
Chegamos ao ostracismo.
Quem me vê? Quem me ouve?
-Tudo morre.
Tudo.
-Morre a vida.
-Morre um homem.
-Já viveu? O homem...
Grito em vão!
-Ideias ao nada!
Apenas cinzas
Suspiros...
Fragmentos disformes
Vômitos.
Ao nada...
(Desabafo - 27/07/09)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
Passeata Virtual - Fora Sarney
http://www.forasarney.com/
Passeata Virtual - Fora Sarney
Basta de coronelismo em nosso congresso nacional! Estamos fartos de tanta roubalheira!
Se concordas comigo:
Essa passeata virtual se realizada através de: Blogs, Twitter, e-mails, Orkut, Msn, telefonemas, etc... em qualquer tipo de veículo de comunicação brasileiro no dia 15 (quarta-feira), das 15 às 16 horas. Aderamos (nunca ouvi tal imperativo, mas firmeza) todos nós!
Confiram o link do movimento.
Levai adiante.
30 coisas que odiamos na internet
Por Fred fagundes.
http://www.interney.net/blogs/qmat/2009/07/03/30_coisas_que_odiamos_na_internet/
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Sem título.
A vida mata, e come.
E nós pastamos.
(Resposta à Camila)
http://saudadesdepipoca.blogspot.com/2009/07/concessao.html
The eternal human question
...
When is it wrong?
...
...
That's everything in our soul
Asking
...
...
For sure, we are not strong.
(Reply to Fernando)
http://fejapimenta.blogspot.com/2009/07/bold.html
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Outro que o PH me mandou
JORNAL NACIONAL
(William Bonner): "Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por lobo na noite de ontem...".
(Fátima Bernardes): "... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia".
PROGRAMA DA HEBE
(Hebe Camargo): "... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo ?"
BRASIL URGENTE
(Datena): "... onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades ? Cadê as autoridades ?! A menina ia para a casa da vovozinha a pé ! Não tem transporte público ! Não tem transporte público ! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela !! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não."
REVISTA VEJA
Lula sabia das intenções do lobo.
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.
REVISTA NOVA
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.
FOLHA DE S. PAULO
Legenda da foto: "Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador." > Na matéria, caixa com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.
O ESTADO DE S. PAULO
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.
O GLOBO
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT que matou um lobo pra salvar menor de idade carente.
JORNAL MEIA HORA
Chapeuzinho escapa do créu de lobo taradão da zona oeste pelo machadão de lenhador.
ZERO HORA
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.
AGORA
Sangue e tragédia na casa da vovó
REVISTA CARAS
(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte, na ilha de Caras) > Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa."
PLAYBOY
(Ensaio fotográfico no mês seguinte) > Veja o que só o lobo viu.
REVISTA ISTO É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.
G MAGAZINE
(Ensaio fotográfico com lenhador) > Lenhador mostra o pau do machado
SUPER INTERESSANTE
Lobo mau ! Mito ou verdade ?
domingo, 5 de julho de 2009
Visão crítica sobre a crise
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em
Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se
sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores."
O homem que virou suco
Interpretado maravilhosamente por José Dumont, Deraldo que é ao longo de todo o filme confundido com Severino, um homem que mata seu patrão e que é duramente procurado pela polícia e é nessa procura incessante que a trama se inicia, levando Deraldo a tomar o papel de vários homens nordestinos diferentes em uma só, passando por vários papéis desde pedreiro até copeiro, chegando inclusive a trabalhar para o metrô. Mas entre tantas reviravoltas de personalidades assumidas neste enredo, jamais Deraldo perde seu caráter de poeta, combatendo sem nenhum escrúpulo todo e qualquer tipo de preconceito com ele exercido, Deraldo chega até a passar fome, a ser tratado como mendigo, sofre humilhações, mas em nenhum momento perde sua honra ou aceita qualquer tipo de atos desumanos consigo.
Um filme como este traz mensagens muito profundas principalmente para as pessoas vindas de famílias ditas de classe média-alta que são totalmente culpadas por todas estas humilhações e preconceitos que os nordestinos injustamente sofrem neste país e nesta cidade de São Paulo, algo já sofrido pelos negros no passado (ainda) e também pelos pobres, desde sempre. A realidade de uma pessoa como esta é abordada tão perfeitamente neste filme que põe as pessoas que o assistem na condição igual a dela, do pobre, ou neste caso específico, do nordestino, entendendo completamente todo o sofrer, toda a cultura, toda a vida dura, todo o cotidiano deste bravo povo que no final de tudo, só queria viver em alguma condição mínima de subsistência, abondonando tudo em seu local natal (família, amigos...), em sua árida terra, por condições melhores de vida em uma cidade com muito mais esperânças e oportunidades, da mesma forma que os "bárbaros" procuraram em Roma uma nova esperança, uma única oportunidade de serem também romanos, modernos, saudáveis, felizes e justos. E sim, temos sim todo um preconceito por trás dos nordestinos e imigrantes, quem nunca presenciou, inclusive na própria família um ato de preconceito? Que jogue a primeira pedra. Quem nunca chamou alguém de baiano com intenção de ofender? Como se baiano fosse ofensa. Quem nunca viu um nordestino ser tratado mal, ou como bicho, por ter um nível baixíssimo de educação e "cultura"? Ledo engano dos povos metropolitanos que recebem todos os dias estes sofridos seres humanos. Não, eles não tem cultura inferior. Baixa educação? Alienados pelo clero e pelos políticos? Sim. Culpados por isso? Não. Todos são assim? Não.
Podemos até inclusive fazer outras analogias, além da que eu já fiz sobre Roma, como a do alto nível de imigração pelos povos latino-americanos (odeio tal expressão) à europa ou aos EUA... Ou de chineses e indianos para muitos locais do mundo, todos eles sempre com os mesmo objetivos, procurar uma condição decente de vida.
Mas enfim, com certeza, só presenciando a vida deles para saber a sua condição, e ai sim, poder julgá-los. Porque se nós estivéssemos na condição deles, faríamos o mesmo. O que podemos fazer em relação a estas imigrações? Tratá-los como humanos e entender as condições deles, para depois criticar, se todas as pessoas de classe-média-alta tivessem esta consciência nossa sociedade seria bem melhor, pois afinal, se no nordeste as coisas fossem 100% boas, eles não viriam para cá e além do mais, quem do Brasil nunca teve vontade de emigrar para um país de primeiro mundo em busca de melhores condições de educação ou vida, quem nunca teve? Pronto, muitos de vocês já sabem na pele o que é isso.
E dedico a este filme toda esta minha reflexão, recomendo a qualquer um tal experiência, pois vale a pena, a melhor abordagem cinematográfica sobre este tema, com certeza!
Para maiores informações:
http://www2.uol.com.br/joaobatistadeandrade/suco.htm (site do diretor)
Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, deixem comentários. Até mesmo de erros de concordância ou ortográficos, totalmente comuns.
Quem quiser adquirir o filme, pergunta para mim que eu digo aonde.
"Aliás, é preciso esclarecer uma coisa: o audiovisual que está no filme, apresentado aos migrantes das obras do metrô com o claro intuito de quebrar sua cultura, de ridicularizar seus hábitos, de exibir seus modos como coisa atrasada, é uma cópia praticamente exata do audiovisual que eu vi num canteiro de obras quando ainda estava na Globo. É uma reconstituição feita de memória pela recusa da empreiteira em me emprestar o material, de conteúdo absolutamente facista, visando, mais uma vez, tornar o migrante dócil, obediente, desprovido da força que sua formação cultural lhe proporciona. E é esse massacre ideológico que justifica a seqüência extremamente forte do personagem do poeta no meio do corredor de madeira (chamado de "tronco", nos currais de gado), a caminho da cantina, onde ele se sente um boi. Por incrível que pareça, o "tronco" existia na obra em que filmamos. E era por ali que os operários tinham que passar, como bois, para comer."
Parte do discurso do diretor João Batista de Andrade sobre uma das cenas que mais me chocaram ao longo do filme.
Você ouve música como ele?
Este é Denny Dent. Impressionante a forma dele transformar música em arte. Sua forma de improviso é espetacular, nos mostra realmente o fruto de sua inspiração sem barreiras.
Mais uma indicação do Luiz.
Sobre o sistema financeiro e sua crise
Ladislau Dowbor - Professor de economia da PUC-SP
Do artigo "Hora de redirecionar os recursos"
http://dowbor.org
Retirado da revista - Le Monde Diplomatique Brasil 05/2009
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http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3642187-EI12925,00-Um+papel+de+destaque+para+o+governo.html
"Um papel de destaque para o governo".
Mikhail Gorbatchev
Do The New York Times
(Não achei o original em inglês do NYT)
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Declaração Universal dos direitos humanos, já pensaste nisto?
Já refletiste se isto realmente é aplicado sobre todas as populações do mundo?
Já ousaste pensar se ele realmente é um código "moralmente" correto a todos os povos do mundo?
Enfim, para que reflitam, está aqui:
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão,
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mis alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
A Assembléia Geral proclama
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo XIII
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
Artigo XIV
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XV
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo XX
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo XXI
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de sue país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.
Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo XXVII
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo XXIV
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
Alguém já viu este homem?
Mais um vídeo da colaboração de Luiz Carlos Lembo Vedovello!
O brilhante presente de Aldo
A verdade era que após o fim da escola ela voltara a sua cidade, enquanto ele permanecera por lá, nesta cidade onde estudara, conhecera e se apaixonara por ela, sim eles continuariam juntos, apesar de toda a distância, o sentimento que sentiam mutuamente era deveras rígido para se acabar apenas por uns poucos quilômetros. Ela, decididamente, tentou manter uma certa fidelidade, saia às vezes confesso, mas apenas por diversão, mantivera-se fiel por todo tempo.
Mas ao tardar das horas Aldo se preocupava, pelas noites não conseguia dormir, e quando conseguia, tinha sonhos horríveis! Ele mantinha-se deitado por horas e horas, virando-se e debatendo-se debaixo de seus edredons que se pareciam mais como cápsulas protetoras, lágrimas escorriam de seus olhos quando imaginava o semblante de Márcia e todos os seus votos de fidelidade serem derrotados por um pouco de álcool e pela calma e suave voz de um neandertal, finalmente sucumbindo as definitivas carícias sexuais do completo esquecimento. Era muito mais do que um ser humano qualquer poderia suportar.
As fantasias sobre uma infidelidade de Márcia o tomaram por completo. Sentimentos de abandono sexual circulavam-no dia a dia por todos os seus pensamentos, com mínimas exceções.
E de fato, nunca entenderiam de verdade como ela, Márcia, realmente era. E já ele, Aldo, por si só entendia e a amava assim como seu primeiro e único amor, não obstante ela o era. Intuitivamente ele tocara todos os núcleos e cavidades de seu psíquico. Ele a fazia sorrir e ela precisava dele, mas Aldo não estava lá para ela.
A idéia geral de seu presente veio a ele numa quinta antes dos feriados festivos começarem a dar as caras, máscaras e fantasias. Ele fizera todos os seus bicos usuais por alguma grana a mais e logo correra para checar se qualquer palavra era possível ser lida em alguma mensagem virtual (o meio mais barato de se comunicar) que fora enviada por Márcia à sua sempre vazia caixa de mensagens, ele se desvencilhara de todas as suas amizades quando seu namoro com ela ficou mais sério, e após sua separação, seu único e melhor amigo era seu computador e não obstante a rede virtual. Não havia nada em sua caixa além de spans e uma correspondência de um curso preparatório para vestibulares, pelo menos eles se importavam em escrever oferecendo uma bolsa de descontos, a única coisa que Aldo queria além de estar com Márcia era prestar vestibular já que há pouco tempo retirara sua carteira de motorista.
Por correspondência poderia enviar qualquer objeto físico a qualquer lugar do país ou do mundo, concluía Aldo, diferentemente dos seus correios eletrônicos. Até que lhe veio a cabeça, já que ele não havia como ir até a cidade de sua amada pelas maneiras mais convencionais, leia-se também, convenientes, por que não enviar a si mesmo por correio a ela? Era extremamente simples! Ele postaria-se pelos serviços postais mais rápidos, aqueles que em uma noite você poderia ir do Haiti até a China. O dia seguinte Aldo foi apressadamente até uma papelaria comprar todos os itens necessários para sua viagem instantânea. Ele comprou: fitas adesivas extremamente aderentes, grandes e rígidos grampos, um grampeador de alta potência (seria necessário para se grampear lá dentro de uma forma que nem a pior das pancadas o tirasse de lá) e uma caixa de papelão das mais rígidas feita exatamente para uma pessoa de sua estatura e porte físico, isso tudo foi o que ele julgou ser o necessário para uma viagem confortável. Bastavam uns buraquinhos para se respirar, água e umas barrinhas de cereal e pronto, Aldo já poderia viajar tão bem quanto um turista!
Sexta-feira a tarde Aldo estava pronto. Ele se empacotara inteiramente e o serviço postal havia combinado com ele de buscar uma caixa em sua casa às quinze horas, a caixa seria marcada com a palavra "frágil". Sentado de cócoras dentro, sobre plástico bolha, que ele inteligentemente lembrara de revestir toda a parte interna da caixa, fantasiava a expressão alegre de Márcia ao abrir a porta e assinar o recebimento para finalmente abrir e ver o seu amado Aldo ali pessoalmente.
Ela provavelmente o beijaria e depois dum tempo até poderiam ver um filme juntos. Ai se ele houvesse pensado nisso antes... Finalmente ele ouviu um veículo parar sobre sua porta, passos se aproximarem e algumas mãos erguerem seu pacote e o jogarem no canto de um caminhão para finalmente ser entregue à destinatária final.
Márcia a pouco escovara seus longos cabelos. Havia sido um fim de semana muito difícil. Ela devia se lembrar de não beber como aquilo em festas. Guilherme, seu mais novo caso, havia sido bacana enquanto a este fato de não beber. Após a noite toda ter terminado ele disse que ainda a respeitava e apesar de tudo, eram certamente as leis da natureza e mesmo assim, não é que ele não a amava, ele sim sentia muito afeto por ela, e afinal, eles já eram adultos crescidos. Ah, o que Guilherme poderia ensinar a Aldo...
Mas isso já se parecia coisa de anos e anos atrás... Aldo, nossa, coisa de séculos... Ela mal pensava nele e quando pensava era como se tivesse um problema mal resolvido.
Sheila, sua melhor, melhor, melhor amiga andou pela porta da cozinha dizendo, sem ao menos desejar bom dia - Deus está absolutamente deprê lá fora - Ah eu sei o que você esta passando, eu estou me sentindo toda nojenta - Márcia terminava de colocar sua jaqueta enquanto Sheila passava seus dedos sobre um pouco de sal que descansava sobre a mesa da cozinha e os lambia expressivamente -Eu deveria tomar aquelas pílulas de sal, mas elas me fazem sentir enjôo - ela contraia seu nariz enquanto Márcia se alongava abaixo da linha dos joelhos como aprendera em seus livros de Ioga - Nossa nem me fale - respondia enquanto Sheila levantava e ia até a pia da cozinha pegar uma caixa cheia de pílulas azuis e vermelhas de vitaminas - Quer uma? Elas te farão se sentir melhor - tentou tocar seus joelhos assim como Márcia - Eu acho que nunca mais na vida encostarei numa vodka de novo.
Márcia desistiu dos alongamentos e sentou-se, agora se encontrava mais próxima da mesa onde ficava o telefone - Talvez Guilherme ligará - disse mirando os olhos de Sheila que agora tentava arrancar suas cutículas - Depois da noite passado, eu estava pensando, talvez você poderia levar as coisas um pouco mais a sério com ele - Eu sei o que você quer dizer. Meu Deus, ele passava as mãos em todos os lugares do meu corpo - Ela levantava os braços para o alto como se tentasse defender-se de algo - O fato é que, depois de um tempo, você se cansará de lutar com ele, sabe, e mesmo assim eu não fiz nada de importante sexta e sábado a noite e só dele nos chamar para sair... então eu meio que devo uma a ele, você sabe muito bem - Márcia começou a se coçar de nervoso enquanto Sheila dava gargalhadas com as mãos na boca - Eu te digo - completava Márcia - Eu me senti assim, depois de um tempo - ela decidiu ir adiante depois de bufar forte - Eu até que queria mesmo - Agora Sheila dava gargalhadas ainda mais altas.
E foi nesta hora que o carteiro tocou a campainha de uma casa colorida com muros texturizados. Márcia logo correra para atender a porta, ao abrir ele a ajudou carregar a caixa para dentro. Ele teve a sua pequena notinha de papel amassado assinada e se despediu com um pequeno e sincero sorriso - O que você acha que é? - Perguntou Sheila. Márcia permanecia com os braços cruzados atrás das costas vidando o desenho duma caixa marrom sentada no meio da sala de estar - Eu não faço a menor idéia.
Dentro da caixa, Aldo se remexia de felicidade ao escutar as vozes abafadas. Sheila meteu as unhas impulsivamente sobre as fitas adesiva que cobriam o centro do desenho - Por que você não olha para o endereço do remetente e vê de quem é? - Aldo sentia seu coração batendo forte sobre o peito, ele até podia sentir os passos vibrantes das duas, seria em pouco tempo.
Márcia andou até o desenho e leu a etiqueta rabiscada a tinta - Ai meu Deus é do Aldo - Aquele imbecil, completou Sheila - Aldo tremia de ansiedade - Você pode abrir mesmo assim - disse Sheila concluindo seu comentário anterior. As duas tentaram, sem sucesso, puxar todos os grampos que lacravam a dura caixa - Ai merda - disse Márcia, resmungando - Ele só pode ter grampeado a caixa com ela fechada - Elas puxaram os grampos novamente - Meu Deus você precisa de uma furadeira para abrir isto! - Elas puxaram novamente - Não dá para descansar um pouco? - As duas permaneceram imóveis respirando fortemente - Por que você não pega uma tesoura? - Disse Sheila. Márcia correu até a cozinha e a única coisa que conseguiu achar foi uma tesourinha de cozinha, até que se lembrou que seu pai tinha uma caixa de ferramentas no quintal, correu para fora e quando voltou ela tinha um canivete de metal enorme e afiado sobre as mãos - Isto é o melhor que eu consegui - Ela estava totalmente cansada e sem nenhum ar sobrando em seus pulmões - T-oma a-aqui, vo-cêe que abre. E-eu vou morr-er... - E se jogou sobre um estofado fofinho que tinha em sua sala respirando profundamente. Sheila tentou fazer um furo entre as resistentes fitas adesivas e alguns grampos, porém a lâmina era muito grande e não houve espaço o suficiente para puxá-los - Mas que droga isso! - ela disse se sentindo totalmente desesperada, depois sorriu - Já sei, eu tive um idéia - Disse Sheila com um dedo sobre sua cabeça - O quê? - Perguntou Márcia - Só olha - Respondeu Sheila entusiasmada.
Dentro da caixa Aldo se sentia transfigurado de felicidade, que mal podia respirar, sentia sua pele sendo cortada de excitação, sentia até seu coração batendo pela garganta - Só mais um pouquinho - pensava consigo. Aldo também tentava prever a felicidade que sentiriam os dois ao poder se verem juntos mais uma vez, e então as coisas ficavam ainda mais tensas, previa também o sorriso de Márcia lembrando, inclusive, todo percurso que fizera desde sua partida até chegar na cidade dela, por fim também pressentia que esta história seria ainda muito lembrada por todos os seus amigos...
Sheila parou em pé e um tanto quanto quieta, andou envolta da caixa até o outro lado, depois ajoelhou-se de frente a ela, apertou o canivete com as duas mãos o mais forte possível, inspirou todo o ar possível de ser inspirado profundamente e introduziu de um só vez a longa lâmina pelo meio da caixa, pela fita adesiva, pelo papelão, pelo plástico bolha e (baque) certamente pelo centro da cabeça de Aldo, que delicadamente espirrou, causando o aparecimento de pequenos e rítmicos arcos avermelhados a pulsar gentilmente nessa ensolarada manhã.
"Delicadamente espirrou, causando o aparecimento de pequenos e rítmicos arcos avermelhados a pulsar gentilmente nessa ensolarada manhã".
Para iniciar 2009 - Ruinas Hotel Rádio
Tao, cade você?
P.S: Este texto pode estar ruim demais e ofender a tua pessoa, se tu és chato, cricri ou qualquer coisa, não leia para depois encher meu saco, mas críticas estão bem vindas e se você achar que está muito ruim, foda-se, eu gostei, passar bem ou boa leitura, seja lá o que preferires.
Um dia Luquinha Pascholatti olhou para as estrelas, pensando em Deus, em Tao, no mundo e em sua beleza total! Nas flores e nos passarinhos, sob um vale verde, grama molhada, doce cheiro de dama da noite, as estrelas brilhavam como nunca, oh estrelinhas que há! Coitado, pouco sabe sobre a Astronomia e as leis da física, acabara de ler poucos artigos sobre isso, e refletia seriamente suspirando profundos ares de preocupação...
Pensou bem, e disse com a mão no coração, para além, para o criador dessa merda (mesmo sendo um ateu, por causa da porra dos livros do Nietzsche que quase nada leu e outras cosas più!).
"Além da terra no centro,
e da porra do teocentrismo
E as translações circulares,
que pareciam um toba
Longe de Aristóteles e Ptolomeu,
vossos viadinhos de merda!
Das idéias cristãs e lendas seculares,
deveriam todos fornicar no furículum
Da terra plana dos plebeus,
que fosseis antes queimados por Néro
Do heliocentrismo de Copérnico,
teu padre virgem, escute-me!
Das elipses de Kepler,
filho da puta que quase me fez repetir de ano!
Galileu,
paga comédia..."
...
Respirou e uma lagrima escorreu pelos seus tristes olhos.
...
"Não achamos mais universos imóveis,
meu caro Sir Newton teu burro!
Das gravidades mútuas,
como se isto fosse possível!
Entre objetos estelares,
sem noções total...
São todos móveis,
tão óbvio...
E crescentes,
como minha pica..."
"Tudo pode ter um início,
ou não
Ou um fim,
ou não
E ao contrário do infinito Newton!
Hubble mostrou-nos,
era um babaca!
Big Bang,
que nome de merda só podia ser para zuar mesmo!
O início de tudo..."
...
Ficando séria a coisa - Respirou mais um vez, e já se acalmava um pouco.
...
"Oh grande foi o começo do universo
Mas antes do começo
Tivemos oh infinito grande infinito, maldito fosse Kant
Antinome...
Então tudo é infinito, oh louvai-nos oh grande bosta."
"Além oh louvável Big Bang?
Além das poderosas e destruidoras energias?
Além das matérias e incógnitas antimatérias?
Além das antimatérias e matérias mais um..."
-Non è uno? Tutti particelle da puta que pariu!
-Che cosa? Positrons e Antiprótons e caralho a quatro e mais e mais e e e e e!
-Que merda, uma coisa que não admito!
"Por que merda foram inventar tudo isso?
O que vem além do universo?
Da onde a porra de uma bola de energia do inferno veio e explodiu!
E tudo expande e expande e expande e expande...
E expande e expande e expande e expande...
Até quando essa merda, até?
Dizes-me?
Até quando tudo isto?
Quando isto vai parar?
Até vir a porra dum buraco negro e acabar com toda esta palhaçada!"
"Hein? Stephen Hawking!
Teu juvenil!
Moleque filho da puta!
Ficas nessa cadeira de bosta!
Que tem até metralhadora e windows vista!
Ficas tirando sarro da nossa cara!
Tu vais ver aonde eu enfiarei esse Big Bang!
No Buraco Negro! Aonde ele já vai terminar!"
"E aí penso oh tão grande e imponente universo!
Qual É o sentido de toda essa palhaçada?
Nós nascemos nessa merda e dizemos:
-Ah depois que eu fui parido por Vênus, eu sou humano dionisíaco, importante, racional, sustentável, vou salvar a porra do planeta demente e acabar com todas suas danâncias, estudar muito! Salvar vidas! Deixar uma herança, me reproduzir! Viver mais um pouco, me aposentar ler e escrever muitas coisas, alegre, feliz (como se isto existice)! -E toda mais several rimas pobre de desinências verbais quaisquer"
"Me dizes uma coisa, porquanto, apenas UMA!
Para que toda essa palhaçada?
Para que toda essas frescuradas?
Olhai pra cima porra!
Olhai essa imensidão de merda!
Cagando estou e está fedendo!
Cago e não ando!
Pelo nome de Shiva, Isis e pelo lugar onde Rá, Jupiter, Pica Pau Woodpecker e todos os Deuses pagões se escondem!
Vós todos humanos sois uns bostas de um nada!
NADA!"
"Estais me ouvindo?
Todos vós!
Uns filhos da puta de um bando de matéria que vão sumir na porra desse espaço do caralho!
E não venham vocês com essas porras dessas histórias de papai do céu!
Que eu mandarei vocês enfiarem na toba o oh santifica papaizinho do céu por Constantino I
E deixai ele fornicar gostoso com o vosso toba!"
PELA BUCETA DI JUNO!
"Todo a alegria, guizo
Toda tristeza, todo gozo
Afinal, é inútil!"
"Tudo é um grande e bellisimo mistério!
Que não podemos ousar descobrir que nossas mentes pifarão!
Como uma máquina inútil que criamos e zelamos tanto!
Todas as línguas!
Todas as cores!
Tudo mistériosa ilusão!
E sempre fica a pergunta, e o sentido de tudo?"
"A única coisa que posso responder é:
Vivamos todos em função dele.
Do Tao!
Do tão poderoso, crescente
e sem sentido universo
E aí? Não sei.
Agora isto não é comigo
Perguntem para o Buda ou Lao-Tsé"
"Estrelinhas amigas!
Vós sois o Tao!
Eu sou o Tao!
Nós somos o Tao"
-Tutti noi siamo l'uno!
"O uno o um!
E é isso!
Pronto!
Resposta ditatorial
Não há any more discussions"
"Da onde isso veio?
Para que todo isso?
Não sei
Não sei
NÃO adianta saber!
Eu já desisto de saber!
Que se foda de onde tudo vem!
Vou viver minha vida em função dessa merda!
Que se fodam todos vocês!
Estrelas do caralho!"
É isso aí!
"multum enim valet nexus inter homines et naturam"
Fui!
...
Lucas, sorrindo, como se acabasse de passar por um breve esperiência sexual com as estrelas e todo universo, parte pelos floridos campos de damas da noite, aquelas que andam por todos os lados do tabuleiro como quiserem, sentindo seus suaves cheiros, com pés descalços sob a terra molhada das gramas, sentiu anseio de se despir e correr nú por todos estes fabulósos vales encantados que estava agorra, como Alice no país das fantasias e isso o fez! Feliz e alegre! E assim foi mais um dia feliz deste pobre homenzinho, o mais novo amigo das estrelinhas!
O Problema de Camões
Segue a cópia de tal e-mail.
O Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho do poema de Camões:
"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
Dor que desatina sem doer".
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
"Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
Tomavas uns antipiréticos,
Uns quantos analgésicos
E Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
Consultavas a Internet
E descobririas que essas dores que sentias,
Esses calores que te abrasavam,
Essas mudanças de humor repentinas,
Esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
Mas somente falta de sexo!"
OBS: Ganhou nota dez. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou
que o problema de Camões era falta daquilo.
O Observador R
Um mandamento para uma vida melhor
Mais um conto de Machado
O conto é escrito na terceira pessoa do singular e o narrador é, pois ele sabe de todos os detalhes da história e toda subjetividade dos personagens, onde o personagem principal é um jovem de quinze anos, chamado Inácio, que vive com agregado em uma casa na qual a Dona Severina, mulher de seu patrão, a qual ele se apaixona veemente. A história é centrada nesse amor do jovem pela mulher de seu patrão, o solicitador Borges, que dividem desejos mútuos e não conseguem assumir tal amor devido aos problemas sociais entre eles como a diferença de idade e o estado civil de Dona Severina. Dona Severina percebe os desejos do jovem quando o vide secar os seus braços nus e a partir desse momento a mulher do solicitador passa a sustentar desejos reprimidos pelo jovem virgem e inocente, tendo como essas características a sua maior atração por ele. O tempo é cronológico e pode variar para o psicológico quando o narrador muda o foco narrativo entre diferentes personagens, um exemplo, quando Dona Severina entra no quarto de Inácio no momento em que ele finge estar dormindo, na visão da personagem masculina tratada antes ele já havia percebido a movimentação da mulher, mas ao voltar para o psicológico da personagem feminina o autor descreve desde o momento de sua inquietação, a decisão de entrar no quarto de Inácio até o ponto em que ela finalmente entra em seu quarto. Tendo assim, a presença do tempo psicológico no conto. O discurso é direto. A memória é clara, tendo em vista que todos os detalhes do conto são abordados, desde números de ruas, datas, detalhes do ambiente, entre outros detalhes e ações dos personagens que são todos bem caracterizados.
Em geral nós temos um conto realista, apesar da presença do amor proibido, idealizado e platônico característico do romantismo, o conto é majoritariamente realista! Trazendo uma das mais fortes característica realistas de machado. A exploração do psicológico humano, dando ao conto o toque Freudiano que Machado comumente traz em suas obras. A exploração dos desejos sexuais, bem detalhados e caracterizados nessa obra, contrariando a perspectiva romântica que tratava o amor como algo em suma subjetivo. Coloca a mulher como algo forte, descrevendo o seu psicológico fielmente e não idealizado e machista como faziam muitos romancistas do século XIX. Explora característica do superego e das repressões sociais a certas atitudes humanas, como o próprio amor entre os personagens. Explora trabalhadores pequeno-burgueses que trabalham demasiadamente para construir uma vida. O personagem principal é taxado de malandro e vagabundo pelo seu patrão diversas vezes, mantendo ele mesmo essa característica várias vezes durante o conto quando se deita sobre a rede fitando o mar e as gaivotas quando poderia estar dando duro com seu patrão. E mais uma vez há aquela puxada do tapete que faz Machado dando o grande tom de suspenso durante todo o momento para que no final o desfecho do conto seja outro. Neste nós temos a sensação de que o amor entre os dois finalmente iria "estourar", porém Dona Severina se arrepende do que faz e depois de dias muda totalmente com o rapaz.
Concluindo, este é mais um típico conto de Machado, que acompanha a mesma tendência básico de vários de seus contos, como: A Cartomante, A Causa Secreta... Seguinte as mesmas características que formaram algo único em nossa literatura. Abrindo portas a vários escritores contemporâneos de Machado. Temos toda a genialidade deste autor em mais um conto fantástico que como todos os outros dão um importante papel em nossa literatura, fazendo com quer muitos atribuam a Machado o papel de melhor escritor brasileiro já visto, o pai de nessa literatura moderna.
Para ler este conto, como quaisquer outros, acesse o site do governo federal de distribuição de arquivos em domínio público:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp